Filosofia para Crianças com Altas Habilidades - Toledo / PR
A idéia deste projeto se fundamenta numa proposta de fusão de dois movimentos, os quais estão presentes atualmente não apenas no Brasil, mas em vários outros países. Por um lado, se amplia as investigações e as pesquisas advindas tanto do MEC e Universidades quanto da sociedade em geral, em relação às crianças que apresentam comportamentos característicos de AH/S e, por outro, dissemina-se, cada vez mais a proposta de trabalhar filosofia com crianças (originalmente desenvolvida por Matthew Lipman).
Quanto ao primeiro caso (das crianças com altas habilidades), há um crescente interesse demonstrado pelo MEC e que se reflete também no aumento do número de pesquisas na área da educação e psicologia (Universidade Federal de Larvas/MG; UFRGS e UnB), que corroboram a proposta de investigar e identificar as crianças que apresentam um desempenho acima da média ou elevada potencialidade em qualquer dos aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora. Este interesse se especifica como um esforço em atender às necessidades especiais das mesmas.
Para o Governo Federal, tais pesquisas vêm sanar e corrigir uma pendência na educação brasileira que, a partir dos princípios estabelecidos pela legislação atual (Art. 206 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1998; Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/90; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN Lei 9.394/96; Diretrizes Nacionais para Educação Especial – Parecer 17/2001; bem como a Declaração Mundial de Educação para Todos, 1990; Declaração de Salamanca, 1994), precisa garantir a igualdade de oportunidades para todos. O princípio de equidade, em relação à educação, não se refere a uma identificação das experiências de aprendizagem, mas, ao contrário, ressalta a necessidade de variação destas experiências, levando em consideração a pluralidade de interesses, habilidades e disposições de cada criança (Cf. VIRGOLIM, 1998). As propostas de ações no atendimento educacional especializado para os alunos com AH/S, portanto, estão assentadas na concretização das políticas de inclusão adotadas pelo Ministério da Educação, assegurando o cumprimento da legislação brasileira em vigor e afirmando o princípio da igualdade de oportunidades para todos. Neste sentido, tais realizações podem ser compreendidas como resultado de uma preocupação crescente em investir no potencial humano tão necessário ao desenvolvimento da sociedade como um todo, pois, como afirma Alencar (1986), “... o futuro de qualquer nação depende da qualidade e competência de seus profissionais, da extensão em que a excelência for cultivada e do grau em que condições favoráveis ao desenvolvimento do talento, sobretudo do talento intelectual, estiverem presentes desde a infância”.
As iniciativas governamentais para inclusão dos alunos identificados com AH/S visam, primordialmente, identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos que eliminem as barreiras para a plena participação destes no processo educacional, considerando suas necessidades específicas. Deste modo, se estabelecem métodos e procedimentos para atender e estimular o potencial criativo e o senso crítico dos alunos atendidos, se oferece atendimento suplementar para que eles explorem áreas de interesse, aprofundem conhecimentos já adquiridos e desenvolvam habilidades relacionadas à criatividade, à resolução de problemas e raciocínio lógico, ao âmbito social e emocional. Tais artifícios objetivam propiciar motivação às crianças ao vivenciarem o processo de aprendizagem.
Buscando o desenvolvimento de pesquisas, atividades, projetos e cursos na área, as políticas de inclusão de alunos com AH/S, prevêem ainda a possibilidade de parcerias junto a Instituições de Ensino Superior (Cf. Art. 7º da Resolução nº 4 de outubro de 2009). O intuito seria de ampliar o suporte pedagógico aos professores, familiares e profissionais envolvidos, bem como desenvolver e disseminar conhecimentos sobre o tema nos sistemas educacionais, tanto na Educação Básica quanto na Universidade, nas comunidades escolares e na sociedade como um todo. Este último ponto é de fundamental importância, sobretudo por preexistirem ainda muitos mitos e pré- concepções falsas sobre as AH/S, os quais podem, entre outras coisas, causar sérios danos sobre a formação da auto-imagem e personalidade da criança identificada com tais características. Um maior esclarecimento em relação a este fenômeno trará maior nitidez ao fato de que comportamentos característicos de AH/S são muito mais freqüentes do que se imagina e que sua presença, principalmente entre as crianças, não delata nenhum acontecimento sobrenatural ou milagroso (estima-se que de 3% a 5% da população mundial apresenta AH/S).
Diante da necessidade em oferecer a estas crianças uma educação adequada e de qualidade, que corresponda aos seus interesses e disposições, se acredita que a filosofia terá muito a contribuir, afinal possui como cerne de sua ação a reflexão acerca do sentido dos acontecimentos, do seu fundamento e o hábito do questionamento. Estas poderão propiciar não apenas novos estudos e informações em relação ao fenômeno AH/S, mas produzir dados e elementos que permitam o desenvolvimento de diferentes propostas em educação, no que tange ao âmbito específico das pesquisas. A filosofia aplicada ao trabalho de potencialização de habilidades com crianças identificadas com AH/S significará refletir sobre os pressupostos filosóficos, pedagógicos, metodológicos, ideológicos presentes nas propostas educacionais especiais que vêm sendo aplicadas, podendo trazer grandes reforços no sentido de apresentar caminhos alternativos para o programa, bem como produzir novos conhecimentos sobre o assunto.
A proposta do projeto Filosofia para Crianças com AH/S parte da concepção de que o desenvolvimento integral da criança depende não só do desenvolvimento biológico/hereditário da mesma, mas pode ser influenciado ainda pelo meio físico e social em que vive. Acredita-se que tais influências podem contribuir para a potencialização ou redução das capacidades, competências e habilidades do indivíduo, na medida em que oferece ou não ferramentas e dispositivos para que estas se desenvolvam de modo saudável e harmonioso.
Pode-se afirmar que tal concepção compartilha de alguns pressupostos teóricos instaurados pela perspectiva Histórico-cultural, cujo principal representante foi Lev Seminovich Vygotsky. Para este teórico, o homem deve ser considerado como um ser social e histórico e, nesta medida, estas características influenciam a gênese dos processos psicológicos que definem seus distintos modos de comportamento. Segundo esta perspectiva, a cultura, as relações sociais e o ambiente histórico determinado são importantes mediadores no processo de formação e desenvolvimento dos conceitos e da concepção de mundo do sujeito.
Pode-se ainda aproximar essa concepção do construtivismo/interacionista que aparece, em certa medida, no pensamento de Jean Piaget. De acordo com esta, as estruturas da inteligência não são apenas inatas, mas produto de uma construção contínua num processo de troca entre a criança e o meio (sujeito/meio).
Tais perspectivas vão ao encontro das concepções de Mathew Lipman4 que elabora o programa Filosofia para Crianças baseado na premissa de que as habilidades de pensamento (Thinking Skills) mais relevantes para os objetivos educacionais são aquelas relacionadas com os processos de investigação, processos de raciocínio, formação de conceitos e tradução. Para o filósofo, tais habilidades estão presentes de forma primária, rudimentar mesmo nas crianças muito pequenas, cabendo à escola e aos educadores a responsabilidade de fortalecê-las e aperfeiçoá-las. Afirma Lipman (1994, p. 35),
O objetivo de um programa de habilidades de pensamento não é transformar as crianças em filósofos, em tomadoras de decisões, mas ajudá-las a pensar mais, ajudá-las a serem indivíduos mais reflexivos, ajudá-las a terem mais consideração e serem mais razoáveis.
Deste modo, o processo reflexivo crítico característico da filosofia pode ser apresentado também às crianças de modo a desenvolver e estimular nelas o hábito do diálogo e investigação reflexivos. Para Lipman, as crianças têm condições e necessidade de refletir e pensar sobre os conceitos e a linguagem que utilizam no dia-a-dia, afinal já possuem naturalmente a disposição inicial para o agir filosófico: a curiosidade. O questionamento constante, característico das crianças, é ressaltado pelo pensador como um indício ou germe do agir filosófico.
O programa Filosofia para Crianças parte, portanto, do pressuposto de que se forem desafiadas as crianças podem fazer filosofia, não no modo como esta é realizada nas academias institucionalmente (como filosofia profissional ou denominada de adultos), mas elas poderiam, a partir de uma discussão bem orientada, desenvolver pensamentos reflexivos e críticos tanto quanto aqueles o fazem. Segundo Lipman (1999, p. 43), “O que as crianças são capazes de fazer, ao que parece, seria diretamente dependente da nossa capacidade de desafiá-las de maneira adequada”. Pensar bem ou de modo reflexivo, para os simpatizantes do programa lipmaniano, é atributo essencial para se alcançar a autonomia, ou seja, para se tornar um sujeito capaz de pensar por si próprio.
Como Aristóteles, Lipman ressalta o início da filosofia como assombro. Deste modo, no caso das crianças, seria preciso um estímulo para que elas passem do assombro inicial e natural à reflexão crítica. O pensamento crítico, criativo e ético, complementa o pensador, pode ser incitado através de diálogos reflexivos que, através da problematização dos elementos, proporcionem uma maior compreensão das vivências e experiências cotidianas aos pequenos (Idem, pp. 26-27). Tal diálogo precisa ser cultivado e praticado para que seja desenvolvido na criança o hábito da reflexão e a elaboração crítica do significado do conhecimento, portanto, este processo está indissociavelmente vinculado à prática educacional.
Admitindo-se a validade de tais teses, contudo, é preciso,
antes de qualquer coisa, explorar e ultrapassar os mitos e os preconceitos do senso
comum que giram em torno das crianças e consequentemente da educação das
mesmas. Por exemplo, que as crianças não podem ser encorajadas a pensar
filosoficamente, ainda que sejam capazes de fazê-lo, pois esse encorajamento
priva-as de sua infância (Cf. Idem, p. 39). Para Lipman e os seguidores do
Programa de Filosofia para Crianças esse pressuposto precisa ser reavaliado e
revisto em seus fundamentos. Admitir que seja uma violência à infância oferecer
às crianças oportunidades de ampliação de suas habilidades de pensamento
(emocional, cognitiva e social), sem levar em consideração suas disposições e
interesses, significa partir de uma concepção de desenvolvimento cognitivo
muito suspeita. Afinal, não corresponder a tais disposições, respeitando seu tempo
e limites, parece consistir, isto sim, em uma privação de direitos, ou seja,
num desrespeito para com as capacidades e a formação integral do indivíduo.
Eixo
Educação para a Sustentabilidade e Qualidade de VidaObjetivos
Oferecer um enriquecimento curricular às crianças identificadas com AH/S através de uma metodologia de ensino de filosofia que proporcione a estas oportunidades de aprimorar as dimensões crítica, criativa e ética do seu pensamento.
Objetivos Específicos:
- Proporcionar às crianças oportunidade de vivenciar discussões crítico reflexivas bem orientadas6 sobre diversos temas, desenvolvendo nelas a capacidade de análise crítica das situações concretas de sua vida;
- Propiciar a elas acesso aos procedimentos filosóficos no intuito de contribuir para a construção de uma imagem positiva e bem estruturada de si mesmas, dos outros e da sociedade;
- Oferecer subsídios para superação de possíveis conflitos internos decorrentes de distintos níveis de desenvolvimento de habilidades;
- Apresentar ferramentas racionais para constituição e ampliação da sua compreensão de mundo, primando pela formação de sujeitos autônomos, conscientes e responsáveis;
- Contribuir para a ampliação do conhecimento e compreensão do fenômeno AH/S nas diversas instâncias envolvidas (família, escola, sociedade, etc.).
Cronograma
O projeto filosofia para crianças com AH/S é uma proposta de trabalhar filosofia com crianças no intuito de desenvolver nelas os hábitos e procedimentos cognitivos e afetivos do diálogo e reflexão críticos. Parte-se do pressuposto de que a vivência de diálogos reflexivos, instaurados a partir da análise e discussão de elementos distintos (textos, vídeos, obras artísticas e culturais, etc.), pode ajudar a desenvolver o senso crítico, a criatividade, as habilidades cognitivas das crianças e o pensamento ético. O projeto consiste em realizar encontros semanais nos quais serão propostas atividades, exercícios, jogos, etc. que sirvam de impulso para iniciar conversas e indagações orientadas no sentido do questionamento filosófico. Isto significa que a intenção é orientar um trabalho conjunto de construção do pensar e do saber, no qual as próprias crianças serão estimuladas a elaborar seus conceitos e pontos de vista espontaneamente.
Serão estimulados nestes encontros a cooperação entre os pares, o respeito mútuo, a elaboração de razões para os juízos apresentados, de modo a propiciar nas próprias crianças o exame autocorretivo, a reflexão sobre valores presentes, a sensibilidade aos contextos. O objetivo se define em instaurar uma prática saudável de potencialização das habilidades cognitivas e do pensamento autônomo, criativo e ético.
A estrutura metodológica de cada encontro se divide em cinco momentos principais:
1. Atividade prévia à introdução do tema: visa criar uma disposição afetivo-cognitiva comum no grupo para facilitar o contato e a recepção do tema a ser analisado e discutido. Pode ser a apresentação de uma imagem, a observação de uma obra de arte ou de uma apresentação artística, um jogo ou exercício que ressalte alguma habilidade específica dos participantes, etc.
2. Apresentação do tema: O tema ou conceito filosófico a ser discutido precisa ser apresentado a partir de um ponto comum, ou seja, é necessário que a discussão surja do mesmo ponto de partida (um texto, um vídeo, uma peça teatral, entre outros). O propósito seria de que não existam na problematização do conceito diferenças além daquelas já existentes no contexto individual de cada criança. Termos ou expressões centrais podem ser escritos e deixados à mostra para enfatizar os pontos fundamentais do elemento escolhido, de modo a potencializar a clareza, compreensão e o compromisso das crianças.
3. Problematização: Finalizada a apresentação do tema é conveniente estimular as próprias crianças a levantarem questões, problemas ou idéias que servirão de pauta para a análise reflexivo/crítica. Este procedimento é necessário para garantir que a discussão filosófica tenha sentido e significado verdadeiro para elas. Trata-se de instigar o grupo a elaborar perguntas ao e através do tema proposto de acordo com seus interesses e experiências. O papel do professor, fundamental nesse momento, será de orientar a elaboração e formulação das questões, para que estas consigam alcançar clareza e precisão de expressão. As mesmas podem ser escritas e expostas para visualização e retomada na discussão posterior por todos aqueles que sentirem a necessidade.
4. Discussão filosófica: Esta é a parte fundamental do encontro e todas as outras representam, de certo modo, momentos prévios para o melhor desenvolvimento desta. Na discussão deverá ser estimulado o diálogo propriamente dito, oportunizando a participação de todos os membros ativamente, os quais devem ser solicitados a explorar as razões e consequências de suas idéias e posições. O papel do professor será facilitar a colaboração ampla e respeitosa, primar pelo foco da discussão, cuidar dos procedimentos e estratégias mais adequadas à investigação, além de encontrar questões de orientação que levem as crianças a aprofundar e enriquecer a abordagem do tema.
5. Atividade posterior à discussão: Este momento não se refere à realização de uma síntese dos resultados ou conclusões alcançados a partir da discussão. O objetivo de um diálogo filosófico não é tanto chegar a uma resposta conclusiva, mas ampliar o campo de visão a respeito de um tema ou conceito específico, priorizando mais o caminho de construção do pensamento que o seu resultado. Além disso, através do exercício de fundamentação das razões e critérios dos argumentos, o diálogo ressalta a importância do respeito à diversidade de pensamentos. Portanto, como atividade final poder-se-ia realizar uma avaliação conjunta da discussão, abrir espaço para uma expressão individual através de desenho, texto ou outra forma sugerida individualmente ou pelo grupo.
As primeiras atividades a serem realizadas devem ser a fixação de regras e pautas que regularão o funcionamento das reuniões, dando respaldo e potencializando as possibilidades do trabalho em grupo. Como tarefa inicial, esta elaboração deve dar início à abordagem dinâmica, criativa e democrática almejada para o desenvolvimento das reuniões, bem como proporcionar a constituição de um vínculo fraternal entre o grupo. Neste sentido, as crianças devem ser estimuladas a apresentar propostas, bem como o professor deverá apresentar as suas. É importante precisar bem estes limites, não deixando, contudo, de instituí-los a partir de razões e critérios claros e coletivamente estabelecidos. A flexibilidade e a falibilidade, bem como a segurança serão parte minutos para constituinte das regras, na medida em que todas deverão ser problematizadas nas discussões, de modo a colaborar para enriquecer a experiência educativa. Os exemplos mais apropriados de normas seriam aqueles “que propiciem a escuta, o respeito e cuidado pelo outro em suas semelhanças e diferenças, a liberdade e a responsabilidade para pensar e fazer, a necessidade de fundamentar nossas opiniões, a cooperação e a solidariedade na construção do pensar filosófico” (KOHAN, 1998, p. 90).
As regras estabelecidas poderão ser expostas através da escrita ou imagens de modo vistoso e interessante, o que facilitará a internalização das mesmas de forma harmônica e progressiva pelas crianças.
Como objetivos intrínsecos, subsumidos nos objetivos centrais, se acrescenta o estímulo a elaboração e edificação ativa de dois eixos fundamentais:
1 - Entendimento de si mesmo;
• Reconhecimento das próprias capacidades, habilidades, interesses e áreas de dificuldade;
• reflexão sobre os próprios sentimentos, experiências e realizações;
• utilização dessas reflexões para compreender e orientar o próprio comportamento;
• insight sobre os fatores que levam alguém a se sair bem ou a ter dificuldade em uma área.
2 - Entendimento do outro;
• Conhecimento dos colegas e de suas atividades;
• Atenção aos outros;
• Reconhecimento dos pensamentos, sentimentos e capacidades alheias; e
• Conhecimento sobre os outros, com base em suas atividades.
Eventualmente, respeitando as medidas legais e orçamentárias cabíveis, poderão ser propostos pelas professoras um passeio/visita a algum local ou evento de natureza científica e/ou cultural que possa servir de base para as reflexões e procedimentos adotados nos encontros.
Todos os encontros deverão se realizar no contraturno escolar das crianças atendidas, de acordo com os parâmetros legais. A duração de cada encontro será de uma hora e ocorrerá semanalmente em dia a ser definido de acordo com a disponibilidade do grupo.
CRONOGRAMA
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Resultados
O projeto filosofia para crianças com AH/S pode ser entendido como uma
tentativa de colaborar para o desenvolvimento harmonioso e integral das
habilidades cognitiva, emocional e social da criança, com o intuito de
possibilitar a formação de individualidades autônomas, conscientes e capazes de
lidar com as diferenças e pluralidades constituintes da sociedade de modo
geral. Neste sentido, salientamos que esta proposta vem enriquecer o currículo
já oferecido pelo sistema de educação especial no atendimento às necessidades
especiais deste grupo e corresponder às novas determinações legais exigidas
pelo MEC (Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009).
Além do estímulo ao desenvolvimento das próprias crianças, o projeto
organiza, ainda, dados e relatórios de acompanhamento, avaliação e
desenvolvimento dos trabalhos. Tais dados vêm servindo como material de apoio
para a produção de trabalhos, textos, seminários e cursos para os professores e
familiares no intuito de divulgar os conhecimentos obtidos e fundamentar os
procedimentos e metodologias de trabalho, possibilitando ampliar os saberes e
orientações já existentes em relação às formas mais promissoras e eficazes de
lidar com o fenômeno AH/S. Neste sentido, o trabalho desenvolvido pelo projeto
em parceria com a SMED Toledo vem representando ótima oportunidade para a
formação dos licenciandos do curso de Filosofia e uma importante política de
aproximação da Rede Municipal de Ensino. Tem permitido ainda ampliar o suporte
pedagógico aos professores, familiares e profissionais envolvidos com o tema
AH/S, bem como desenvolvido e disseminando conhecimentos sobre o tema nos
sistemas educacionais, tanto na Educação Básica quanto na Universidade, nas
comunidades escolares e na sociedade como um todo.
Instituições Envolvidas
Secretaria Municipal da Educação de Toledo. (SMED)
Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
Contatos
Secretaria da Educação
Endereço: Rua Senador Atílio Fontana,
Centro, 5398, Toledo - PR.
CEP: 85912-140
Telefone: (45) 32776269
e-mail: [email protected]
Fontes
Divulgações:
http://www.unioeste.br/proex/images/revista/Revista_Extensiva_vol_1_2015.pdf
Fontes:
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MANDEL, Sylvia J. Hamburger; REED, Ronald. Rebeca: manual de instruções. Tradução da autora. São Paulo: Difusão de Educação e Cultura, 1996. (Coleção Filosofia para Crianças)
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VIRGOLIM, Angela M. R. Altas
habilidades/superdotação: encorajando potenciais. Brasília: Ministério da
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